quarta-feira, 11 de maio de 2011

106- "ANIMAIS"

Hoje encontrei uma notícia na Internet que me deixou triste.
Não pela notícia em si mas pelo que ela carrega de intolerância, ignorância e até arrogância de determinadas pessoas que hoje levam aos Tribunais qualquer manifestação que não lhes agrade, mesmo que seja um simples comentário.

Transcrevo abaixo a notícia e, logo em seguida minhas opiniões e comentários:

Delfim Netto pede desculpas às empregadas domésticas

Márcia de Chiara , Em terça-feira 10/5/2011, às 15:58

O Instituto Doméstica Legal, que representa 7,2 milhões de trabalhadores da categoria, obteve um pedido público de desculpas do ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, registrado em cartório, pela declaração feita pelo economista na TV a respeito deste profissional. No dia 4 do mês passado, Delfim disse no programa "Canal Livre", da Rede Bandeirantes, que "quem teve este animal, teve; quem não teve nunca mais vai ter", em referência à empregada doméstica.
Delfim afirmou que "em momento algum desejou referir-se à classe das empregadas domésticas de maneira pejorativa". O economista argumentou, em seu pedido público de desculpas, registrado no 8.º Cartório Tabelião de Notas da capital paulista no início deste mês, que a frase pinçada do contexto distorce a ideia elaborada.
Segundo Delfim Netto, a intenção foi mostrar que no processo de ascensão social em curso na sociedade brasileira, a figura deste profissional tende a desaparecer. "É preciso entender em que sentido foi feito o comentário", disse o ex-ministro.
Em seu pedido de desculpas, Delfim justifica o emprego do termo "animal", usado pelo economista britânico John Maynard Keynes, criado durante a Grande Depressão, para descrever as motivações psicológicas de empresários, consumidores e investidores. "Os economistas (eu, inclusive) usam corriqueiramente a expressão 'fazer nascer o espírito animal dos empresários' como forma de despertá-los para oportunidades de investimento e não me lembro de nenhum empresário que tenha se declarado ofendido ou humilhado."
No fim do pedido oficial de desculpas à categoria, Delfim Netto considera o episódio uma "tempestade num copo d'água", que ocorreu em razão do uso de uma expressão infeliz, pelo qual ele se penitencia.

O que assusta não é a notícia porque no seu pedido de desculpas o sr. Delfim Netto esclareceu muito bem aquilo que nunca esteve obscuro!
O fato preocupante é que hoje tenho medo de chamar um Afrodescendente de Negro, um Homosexual de Gay (ou Bicha) ou um meretrizdescendente de Filho da Puta porque posso ser preso e condenado por crime inafiançável apenas por não fazer parte de nenhum Movimento e não ter direito a nenhuma cota para brancos!

Aproveito o ensejo para lançar, Democraticamente, o Movimento de Defesa dos Brancos Heterosexuais Ítalo-Árabedescendentes e aceito a adesão de descendentes de outros povos de vários continentes e cores de pele. Só não vou permitir que tentem modificar o meu comportamento e meu modo de vida por não pertencer às "minorias"!

Finalmente, após ler alguns comentários referentes ao artigo acima, deixo meus comentários sobre o Brasil atual:

Positivamente o nosso problema é de Educação e Cultura.
Um povo que não entende uma expressão corriqueira como essa e leva tudo aos Tribunais, está definitivamente precisando de ESCOLA!!!!!!!!
Mas uma escola que ensine, como antigamente, onde o Professor ensinava e era respeitado e o Aluno aprendia. Ora, mas esses também são animais em extinção!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Isto é o Brasil do Século XXI!
Salve a DEMOcracia à brasileira!!!!!!!!!!!!!!!
Como dizia um amigo meu: para bom entendedor meia palavra BOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Ricardo Melhem Abdo

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